quinta-feira, 15 de abril de 2010

Levando a Bike para passear

Levar uma bicicleta para passear na Europa, desde o inicio, nao se mostrou uma das tarefas mais faceis. Depois de uma tarde inteira embalando e protegendo a criança, na hora do check-in, ainda me exigiram o uso de uma caixa especial para bicicletas. Depois de 5 euros e algumas bateçoes de cabeça do pessoal da Air France, consegui embarcar a bike para Milao.


O nervosismo era grande, nao so pela viagem que estava pela frente mas no momento a minha maior preocupaçao era se ela chegaria inteira ao destino e se eu conseguiria me locomover sozinho com essa tralha toda.


Em Paris, segui sozinho para Milao e meus pais ficaram na cidade, pois o voo deles seria so a noite.

Chegando em Milao, começou a saga. Na esteira de bagagem, uma mensagem dizia que "embalagens especiais", incluindo as bicicletas, teriam que ser retiradas em uma sala diferente. Peguei minha mala normal e fui atras da minha "bagagem especial". Chegando no lugar me deparei com uma mensagem escrita a mao e varias coisas pelo chao. Esquis, uma guitarra, um carrinho de bebe... e nada da minha especial. Depois da tentativa de comunicaçao com alguns conterraneos de meu pai, um deles falou: "sim, acho que tem uma bicicleta la..espera uns cinco minutos". Depois de "alguns cinco minutos", uma outra porta se abriu e la estava ela...uma caixa gigante de papelao, que provalmente precisaria de tres homens para carregar...hahaha...gostaria de ver minha cara nessa hora. Nao pensei duas vezes, olhei para um lado, para o outro...rasguei a caixa no meio do saguao, tirei minha mala bike, coloquei num carrinho e sai correndo...rsrsr.

Enquanto tinha um carrinho de aeroporto a coisa era facil. Ate ajudei um gordinho da malasia a comprar o ticket do trem que nos levaria ao centro da cidade.


No trem, me despedi do carrinho, quase como se fosse um parente... me apeguei a ele. Me livrei logo do gordinho engraçado da Malasia, pois logo descobri que ele nao seria util, nem para me ajudar a carregar a tralha.


Chegando na estaçao em Milao, nao teve jeito..colocar nas costas e carregar ate o ponto de taxi mais proximo. Um simpatico taxista me levou ao "International Muquifo Palace II", um albergue que logo descobriria ser a alguns quilometros do "mainstream" de Milao. Depois de me instalar, hora de comprar um mapa e sair para explorar a regiao.


Fui me apaixonando pela cidade de cara. Aquelas mulheres, todas arrumadas, andando de bicicleta, de motoneta...o clima, as pessoas, fiquei pouco tempo, mas amei Milao.


Viro uma esquina e me deparo com o Duommo, essa catedral, acho que demorei uns cinco minutos para recuperar a consciencia.

Meus pais so chegariam na madrugada, mas resolvi ir ate o hotel deles, acabei encontrando o casal de amigos deles e jantamos em um restaurante maravilhoso no centro de Milao.


Neste jantar, descubro que a minha encomenda que eles trariam de Washington...fora esquecida acidentalmente. Minha encomenda: minha maquina fotografica e todos os acessorios. (estamos tentando resolver via correio, por enquanto, estou eu, na europa, dividindo a maq. fotografica, com minha mae).


No outro dia acordei cedo e como ja conhecia alguma coisa dos arredores, comi a melhor foccacia da minha vida, andei ate o hotel deles, encontrei os meus pais e fomos pegar o carro alugado.


hahahahahah....alguem pode fazer ideia, o que foi colocar a bagem de cinco pessoas, mais uma bicicleta na mala de um carro....hahahahah!!!

Posso afirmar...foi foda!

Vencido essa batalha, tive o prazer de dirigir um lindo alfa romeu nas estradas da Italia, mas ou menos a Rio-Santos, sabe? Bem parecido...rsrsr


Viajando a 140km, logo chegamos a Commo, cidade natal do meu pai. Linda, uma paz. Andando pela cidade, escutando as lembranças da infancia dele, as tristezas da época da guerra, vendo onde provalvelmente meu bisavo teve uma farmacia, era quase possivel ser trasportado para aquela epoca.


Uma experiencia curta, mas sem sombra de duvida, inesquecivel. Ja era final de tarde e quase 400km ainda estavam pela frente. Na "proa" Veneza. E a bicicleta?? No momento encontrasse toda desmontada, na mala do alfa romeo, estacionado no parking publico de veneza. Ainda nao sei quando vou conseguir montar, espero eu em Florença...so sei que vai dar um trabalho....rsrsr.


Amanha posto sobre Veneza...saudade de todos, as vezes da vontade de ligar e falar..."hey, anota o e-ticket ai....", mas e por isso que eu nao posso ficar rico...rsrsr."


p.s: como perceberam, nao descobri como fazer acento nesse PC.


p.s2: Acho que comecei a falar Esperanto, uma mistura de ingles, frances, espanhol e italiano.


bjs.: Gian Carlo Bellotti

10 comentários:

Pavão disse...

A maaaaaaaquina!!! Nãããão! :D

Dani Meres disse...

Vontade enlouquecida de estar ai com vocês. Imagina eu e sua mãe juntas na Itália! Tenho certeza que essa experiência foi MUITO especial para seu pai. Anota as histórias e fazemos uma pizza lá no restaurante dos Bellotti na volta. Suadades. Bjs Dani Meres

Unknown disse...

Cabeça, li seu comentário e não posso perder a piada: quer uma máquina minha? eeeee
Já estou morrendo de saudades de vocês!! E de você né... Vou no seu apê amanhã pegar as contas.
Por aqui tudo certo. Bjs e continua postando pra eu poder acompanhar a viagem de vocês.
BJs
Marifus

Sempre Viva! disse...

ahahahahahaha!!!
ADORANDO seus relatos!
Imagino suas expressões!
Muitos beijos em todos!!
Dá uma esticadinha aí e agente se esbarra em Paris!

Ps: As fotos estão lindas!!!
Ps2: Traz o Gelatto de Pistachio prá mim, please??!!!

hehehe!

Beijos!!!!!!!!!

Unknown disse...

Ai que vontade! Que vontade de pegar o número do e-ticket e ir pra ai!

Adoro o seu jeito de contar histórias - hehehe sempre histórias maravilhosas!

Aproveita!

Carinho1

Alice

Unknown disse...

E vem cá - resolve essa [arada da máquina! Você tem que registrar a andança de bike! PLEASEEEEEE!!!!

bj

Luana Fornaciari disse...

Nossa. Me emocionei com essa história do teu pai visitando a cidade onde ele nasceu.

O sonho do meu avô era ir a Lucca, a cidade da nossa familia. ele não conseguiu, eu fui por ele, sozinha, e ficava ali, andando pelas ruelas, emocionadissima. Seu pai conseguiu fazer isso por ele mesmo, e ainda mais com você e sua mãe... Que legal.

Achei legal o lance do Duomo. Essas igrejas são muito fodas, né? Tive a mesma sensação em Florença e tenho certeza de que você vai ter também. Parece surreal. Parece um plotter. Parece que você não está ali.

E aí você de repente pára e se dá conta de que todos os gritos, os stresses, os prazos, os erros, tudo isso valeu a pena pra você estar ali, naquele momento.

Aproveite. Abra a cabeça. E invista nos malasianos, nos Indianos, nos Australianos, em todos os "anos". O que eles podem te dar não está a venda.

Quanto `a câmera, Gian, na boa...
entra numa loja e compra uma câmera.

bjos e vai postando, é muito bom acompanhar de longe.

Monique disse...

Querido meu!
Que maravilha! Tá mandando muito bem nos relatos da aventura!
Aquele beijo nos meus tios postços preferidos!
Sobre o caderninho, reserve pra ele aquelas sensações só suas, aquelas que nem sempre, ou quase nunca, são para se compartilhar... só comigo, depois, claro!, quando o transformaremos em best seller! hehe =] Saudades mil! Beijão! Guilherme manda abraço!

Unknown disse...

Cabeça, preciso falar com voce.a conta da nextel nao chegou e vence na segunda.. fui ontem lá e ainda nao tinha chegado.. voce tem alguma senha da internet pra eu tirar a 2 via? ou algma senha master pra eu pedir por telefone? Aguardo, manda um e-mail.
BJs
Marifus

Ricardo Wolf disse...

Sempre tem um Gordinho que não serve pra nada nos seus caminhos... ahuauhauha